Esqueço as minhas perguntas sem resposta nos teus braços, nos teus beijos com sabor a canela, no teu corpo quente e cálido, nos silêncios do princípio do mundo, nos teus olhos onde correm rios tranquilos e habitam florestas misteriosas. Perco-me nos meus sonhos, enquanto os brilhos do mundo cintilam em nós. Deixa o lume deste amor conquistar terreno, deslizar suavemente pelo meu corpo nú e singelo e depois cobrir-me completamente de uma veluptuosidade pura, vernacular, incontestável. Embala-me nessa incessante dança ritual de corpos. Olha para mim, solta-me o cabelo, entra no meu abrigo, dorme no meu abraço. Tansforma-me na tua pele, no caminho que interminavelmente trilhas, feito de flores por dentro. Torna-me tua cúmplice, devora-me com uma sede insaciável, mas em paz, deixa-me ser tudo num momento. Descobrimos surpresas e segredos nos nossos corpos, envolvidos numa melodia de carícias. Pertencemos um ao outro, orgulhamo-nos da paisagem que pintamos com as nossas mãos. Tu esfregas o teu rosto em lugares de mistérios desvendados, amas-me para além do impossível, fazes-me conhecer a infinitude do mar. Descubro que o meu lugar não é outro senão em ti, que o meu amor tem força suficiente para derrubar montanhas e enfrentar o mundo. Eu guardo-te, assim, no meu corpo, nos meus sentidos, naquilo que sou. E perco-me em ti eternamente.
domingo, 24 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Shall we dance?

segunda-feira, 4 de maio de 2009
Horas Rubras
A dor da tua ausência mora em mim. Envolves-me no teu corpo? E cantas ao meu ouvido para eu adormecer, enquanto a tua respiração entra por mim adentro e eu sinto que amar-te já não é suficiente? Quero sentir-te lá onde a minha pele acaba e se funde com a tua, onde os nossos corpos se misturam, onde deixa de existir um eu e um tu, onde nos transformamos num só corpo, numa só pele, num só. Torna cada instante interminável, leva-me para casa e faz-me morar em ti.